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Saiba como adaptar-se ao estresse com a Neurociência

Há muitos anos a neurociência tem apresentado avanços extraordinários proporcionados pela implementação dos equipamentos tecnológicos e das abordagens científicas.

E, de alguns anos para cá, a psicologia humana se tornou um dos maiores objetos de estudo dos neurocientistas. Não é à toa…

Os desequilíbrios do funcionamento mental têm mostrado cada vez mais o impacto de suas consequências na vida e no desempenho das pessoas.

Diante disso, hoje falaremos sobre algumas das causas, consequências e formas de lidar com emoções negativas, que trazem diversas outras e nos levam a um estado de terrível improdutividade e estresse.

Estresse no trabalho: como se dá?

Acredita-se que sensações de desconfiança, incerteza, ansiedade e estresse são causadas, e tendem a serem agravadas, por fatores químicos.

Quando somos submetidos a grandes níveis de estresse, nosso organismo aumenta consideravelmente a produção do hormônio cortisol. A longo prazo, as grandes doses do hormônio no corpo fazem com que este entre em um “modo de sobrevivência”.

Ou seja, paramos de responder corretamente a quaisquer estímulos, o que traz diversas outras consequências emocionais negativas e influencia o desempenho.

Quais as consequências?

As consequências podem ser inúmeras. Felizmente sabemos, por meio da neurociência, que o mau gerenciamento de emoções pode trazer diversos problemas de saúde e mentais.

No entanto, quando essa circunstância alcança um ponto limítrofe, o indivíduo pode acabar sofrendo com aquilo que chamamos de “burnout”.

O burnout consiste no ápice dos níveis de estresse em uma pessoa, fazendo com que esta se torne incapaz de realizar quaisquer atividades.

Sendo esse um problema para o qual as empresas devem atentar constantemente, visto que buscam sempre otimizar os serviços e a produtividade da equipe.

De forma geral, sabe-se que as consequências do estresse são de impacto majoritariamente emocional. Prejudicando as relações interpessoais, a capacidade de lidar e resolver conflitos, a capacidade de gerenciar emoções intensas e a queda da produtividade e da criatividade.

Como a neurociência nos orienta para lidar com o estresse?

Em primeiro lugar, deve-se mencionar as práticas relacionadas ao mindfulness (que envolvem meditação, yoga, hábitos comportamentais positivos, estratégias para ter mais foco, etc.)

Em seguida, é indispensável que a alimentação seja nutritiva e balanceada.

Em entrevista à revista Exame, a neurocientista do Massachusetts Institute of Technology, Tara Swart, concedeu algumas informações importantes para solucionar e evitar esse problema nas empresas.

Tara resumiu suas dicas em três grandes pilares fundamentais para o bom rendimento no trabalho e também para a qualidade de vida de maneira geral:

1- Sono de qualidade

2- Hidratação

3- Alimentação saudável

Ou seja, deve-se dormir por pelo menos seis horas durante a noite e esse sono deve ser proveitoso para o corpo. Isto é, em um ambiente silencioso, escuro e tranquilo.

Uma das maiores dificuldades das pessoas  é colocar esse hábito em prática. Isso devido a fatores como a insônia e ansiedade.

Para lidar com esses contratempos tão recorrentes, recomendamos que invistam nas práticas de meditação e exercícios de respiração.

Quanto à alimentação e à hidratação, são hábitos mais fáceis de serem implementados à rotina. Eles também devem ser, preferencialmente, associados à prática de exercícios físicos.

Sobre isso, Tara também nos dá uma dica: considerando o ritmo acelerado da jornada de trabalho da maioria das pessoas, a neurocientista leva em conta a falta de tempo de muitos para praticar esportes.

Por isso, ela recomenda que façamos caminhadas mínimas, mesmo que durante o trabalho. Seja caminhar de um local a outro, ou de uma sala a outra. O importante é não ficar sentado por muito tempo, incessantemente.

Ainda com base em seus estudos na neurociência, Tara Swart ressalta a necessidade da inserção de uma prática chamada “simplificação” na rotina.  

Rotina Simplificada

A simplificação consiste em uma série de hábitos simples que fazem toda a diferença. Começando pelas pequenas caminhadas, passando pela ingestão constante de água, e chegando ao ponto culminante de sua estratégia: a tomada de decisões simplificada e associada a momentos coerentes.

A neurocientista mencionou um dos estudos da neurociência sobre o estresse o qual afirma que as pessoas tomam decisões com mais precisão e menos estresse logo após realizarem refeições.

Assim, a ideia é que a rotina seja ajustada aos cuidados necessários, mesmo que de forma simples e “pequena”.

Então, recapitulando as três estratégias que constituem o melhor caminho para lidar com o estresse da rotina:

-Dormir bem, por pelo menos ou mais do que seis horas, no escuro e no silêncio.

-Realizar todas as refeições necessárias ao longo do dia, ingerindo os nutrientes necessários (bons carboidratos, doses de proteína e vitaminas).

-Tomar água várias vezes ao longo do dia, especialmente aqueles que tomam muito café ou bebem álcool recorrentemente.

É importante que essas práticas sejam cada vez mais estimuladas no ambiente de trabalho. Só assim a criatividade e a produtividade serão alcançadas em plenitude!

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Joana Carreirão

Joana Carreirão

Sou formada em Naturologia Aplicada pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) e Especialista em Neurociência e o Futuro Sustentado de Pessoas e Organizações, pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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