Blog da Joana

Como o sono pode interferir na sua produtividade

Você costuma deixar de dormir para concluir um trabalho ou um projeto?

Frequentemente observamos que a sociedade tem considerado o sono como algo inútil e, a todo momento, tentam descartá-lo e diminuí-lo.

O ser humano realiza esse movimento como se descartar o ato de dormir fosse algo que nosso corpo realizasse racionalmente.

Em 1942, menos de 8% da população tentava sobreviver com seis horas ou menos de sono por uma noite. Consequentemente, em 2017 quase uma em cada duas pessoas fazem isso.

Por que isso acontece?

Sono x produtividade?

Em primeiro lugar, Walker, neurocientista do sono e diretor do Centro de Ciência do Sono Humano da Universidade da Califórnia traz algumas informações sobre esse comportamento: “Primeiro, eletrizamos a noite”, ele diz.

Em seguida, o diretor explica o quanto a luz dos aparelhos eletrônicos degradam o nosso adormecimento e o quanto mantemos uma cultura trabalhista que o prejudica.

“Ninguém quer desistir do tempo com sua família ou entretenimento, então eles desistem de dormir.”

Além disso, Walker se esforça em mostrar o papel da ansiedade e em como nos tornamos uma sociedade solitária e deprimida.

Com a disponibilidade ainda maior de álcool e cafeína, podemos observar uma “reunião” dos inimigos do sono nos dias atuais.

Café

Um exemplo interessante sobre deixar de dormir é o caso da colunista, autora e escritora Arianna Huffington, fundadora do jornal online The Huffington Post e uma das mulheres mais bem sucedidas dos Estados Unidos.

Ainda no escritório, Arianna desmaiou após não ter aguentado ficar noites e mais noites sem dormir. Ela colocou a saúde de lado em busca do sucesso profissional.

Aos 56 anos, a escritora acordou envolta em uma poça de sangue, já que, na queda, acabou partindo o maxilar.

Portanto, após o acontecimento, Arianna escreveu um livro (A revolução do Sono – 2017) e, nele, citou diversos estudos científicos que revelam a importância em dormir melhor atualmente.

Nele, ela apresenta os perigos que a sociedade moderna oferece ao tentar tratar os problemas para dormir com medicamentos e tecnologia.

Por que dormimos?

O estudo do sono ainda é algo relativamente pequeno.

Aos poucos, as pesquisas estão crescendo e as tecnologias avançando, permitindo aos pesquisadores acessarem o nosso cérebro durante o pernoite.

Ainda assim, o fato é que dormir é uma tarefa essencial para o desenvolvimento humano.

Sem dormir, o corpo tem uma queda energética e se torna propício a desenvolver doenças, tanto mentais quanto físicas.

Se não dormimos o suficiente, a aprendizagem, a memória, o humor, a atenção e o tempo de reação ficam prejudicados. Essa privação tem sido associada a desequilíbrios hormonais, dando maior susceptibilidade a doenças.

dormir

Em uma sociedade muito focada na produção, no trabalho, na entrega, as pessoas costumam reduzir o tempo de dormir para alimentar esse sistema, tratando-o como uma mercadoria.  Privar-se de dormir acaba sendo visto como um caminho lógico para o sucesso profissional.

Walker, o cientista do sono, passou quatro anos e meio escrevendo um livro intitulado “Por que dormimos” e, nesse livro, apresenta as complexidades dessa área e os efeitos desse comportamento que a sociedade incorporou.

É importante que todos nós saibamos das ligações poderosas que existem entre a privação de sono e outros fatores como o Alzheimer, câncer, diabetes, obesidade, envelhecimento precoce, hábitos alimentares, etc.

Separamos alguns artigos sobre como você pode melhorar sua relação com o sono:

Ao tentar compreender esses fatores, nos esforçamos mais para alcançar a quantidade e a qualidade de horas recomendadas para dormir.

Não ter uma rotina para dormir, dormir pouco e mal, utilizar a tecnologia nos momentos anteriores ao descanso, são alguns fatores que podem, cada vez mais, prejudicar o desenvolvimento do ser humano, tornando-o cada vez mais doente e menos performático.

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Joana Carreirão

Joana Carreirão

Sou formada em Naturologia Aplicada pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) e Especialista em Neurociência e o Futuro Sustentado de Pessoas e Organizações, pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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