Blog da Joana

A importância de pausas e autorreflexão

Nesse artigo irei apresentar a importância em aproveitar o período de final de ano para pausar e refletir sobre como foi o seu ano antes de, finalmente, definir os objetivos e metas para o ano que está chegando.

  • Não temos o hábito de fazer autorreflexão
  • Para definir metas é preciso entrar em contato com você mesmo
  • Como fazer a retrospectiva do seu ano

Como vimos em alguns artigos aqui, o cansaço e esgotamento são inevitáveis nesse período do ano e, muitas vezes, não conseguimos aproveitar os momentos de descanso para relaxar de verdade.

Além de não aproveitarmos os momentos como deveríamos, “passamos por cima” de algumas práticas importantes que deveriam fazer parte do nosso cotidiano. Uma delas, é a autorreflexão.

O descanso e o relaxamento fazem parte, mas se, após eles você não tiver um direcionamento, fica difícil de alcançar tudo aquilo que mais almeja.

Antes de fornecer dicas de como você pode planejar suas metas e seus objetivos para o novo ano, acho importante fazermos primeiro, outro exercício: O da autorreflexão.

E não adianta querer fazer isso na hora dos fogos da virada! Nesse momento, tudo está lindo, você está em meio aos amigos, a vida é uma festa, a mesa está farta de comidas gostosas, tocam as melhores músicas, etc.

Ninguém está pensando nos problemas, todos os sonhos são possíveis naquele momento!

A autorreflexão não cabe aí.

Nesse contexto, imagina que você queira muito ter um amor verdadeiro e essa é uma das suas metas de início de ano.  Porém, logo depois da virada, você bebe todas e sai beijando vários na balada.

Houve autorreflexão antes de definir essa meta? Será que esse é o melhor caminho para alcançar essa meta?

Por isso, quero trazer aqui, algumas dicas de como você pode realizar essa autorreflexão antes de definir suas metas e objetivos.

Dessa forma, você poderá começar o ano com toda a potência em todas as áreas da sua vida!

Não temos o hábito de fazer autorreflexão

Sobre a autorreflexão, tenho minhas considerações.

Conversando com algumas pessoas, percebo que elas não possuem o hábito de fazer uma autoreflexão sobre sua vida, de modo geral.

Nem o básico, como refletir sobre as posturas que acabam adotando no dia a dia, por exemplo.

Temos a tendência de evitar alguns sentimentos, já que a nossa sobrevivência é uma das emoções mais fortes em nós. Porém, parar e olhar para as situações que nos fizeram sofrer ou que nos deixaram tristes é um passo importante para compreender melhor como nós mesmos funcionamos.

Leia mais sobre esse assunto nos artigos:

autorreflexão

Pessoas que terminam um relacionamento longo, por exemplo, sentem a perda e isso acaba gerando sofrimento, mesmo que esse acontecimento seja um alívio para aqueles que já sofriam há um tempo.

Alguns, ao final de um relacionamento saem para as baladas para ficar com muitas pessoas e encher a cara. É comum (não que eu ache isso normal), mas é preciso parar para refletir sobre isso.

É necessário um tempo para elaborar, administrar, pensar sobre o assunto e, a partir disso, adotar práticas que levem a autorreflexão.  É importante acessar as emoções de forma verdadeira, limpa e aberta, sem mascará-las.

No dia a dia, com a correria, deixamos de lado esse tempo de reflexão e priorizamos coisas que não são tão importantes, como ficar nas redes sociais por exemplo.

As vezes é preciso divagar

Quando não estamos engajados em uma tarefa específica, a nossa mente tem a tendência de divagar. Quando isso acontece, entramos num mundo diferente, um mundo em que não fazemos nada.

Muitos chamam isso de “descanso”. Porém, a palavra “descanso” não é o melhor termo para descrever esse momento.

descansar

Na verdade, essa é a zona do cérebro que ativamos quando observamos os indivíduos, pensamos sobre nós mesmos, fazemos julgamentos morais ou processamos as emoções de outras pessoas, por exemplo.

Em outras palavras, se esta rede se apagar, podemos ter dificuldades em memorizar as coisas, antecipar as consequências das nossas ações, compreender questões sociais, entender a nós mesmos, agir de maneira ética ou até mesmo ter empatia com os demais!

Ou seja, tudo o que nos torna HUMANOS.

Imagina perder o acesso a essa rede? Iríamos ser robôs!

Mary Helen Yang, neurocientista e pesquisadora do Instituto do Cérebro e da Criatividade da Universidade do Sul da Califórnia afirma que o tempo de ócio nos ajuda a reconhecer a importância mais profunda das situações, além de auxiliar no entendimento do significado das coisas. Quando não damos significado para as coisas e ficamos apenas reagindo aos momentos, nos tornamos sujeitos a comportamentos e crenças cognitivas e emocionais que não são apropriadas para o ambiente em que estamos.

E o que eu quero dizer com tudo isso?

Bem, talvez a lição seja: se não nos dedicarmos um tempo dirigindo a nossa atenção para dentro de nós mesmos, perderemos um elemento crucial para alcançar a verdadeira felicidade.

Para definir metas é preciso entrar em contato com você mesmo

O ambiente

Passamos o ano inteiro imersos na vida urbana e na correria.

Viver em cidades grandes tem suas vantagens. As novidades chegam mais rápido, as informações circulam constantemente, a arte e a música são mais acessíveis, etc.

Porém, nossa vida nessas cidades acabam se desenrolando em um ambiente exigente e estressante, com constantes alterações de humor e crises de ansiedade.

Quanto maior o tempo que passamos em cidades grandes, maior a chance de ficarmos energeticamente esgotados, devido ao ambiente altamente estressante.

ambiente

Em contraste a isso, os ambientes naturais que pouco possuem marcas de construções humanas (como prédios, estradas, ruídos de tráfego), são mais propícios a tranquilidade.

Esse ambiente proporciona um estado mental de relaxamento cognitivo que não exige tanto esforço mental.

Aproveite o final de ano para ir a lugares em que possa estabelecer esse contato com a natureza. É nesse contato com o ambiente que estabelecemos contato com nós mesmos, já que, a natureza e nós somos parte de um todo que se conecta.

Além de aproveitar o período para ir a lugares mais puros, utilize desse momento para realizar práticas que te ajudem a relaxar e refletir sobre o seu ano.

Atenção plena

Dê um tempo para si. Tire um tempo para ficar sozinho mesmo!

Eu adoro um ritual e, por isso, crio esses momentos para definir minhas metas para o ano vindouro.

Gosto de estar sozinha, acender um incenso, utilizar um óleo essencial no ambiente, colocar uma roupa confortável, ligar uma música ambiente e deixar o celular bem longe.

atenção plena

Não da para fazer isso com uma agenda cheia de compromissos. Por isso, é importante que você escolha um momento livre de compromissos, para se entregar de verdade.

Florais de Bach

Os florais de Bach podem ser uma opção para quem gosta.

As 38 essências individuais divididas em sete grupos emocionais, cada um relacionado com um estado emocional específico, podem auxiliar no relaxamento do corpo e abertura da mente na hora de elaborar suas metas.

Procure um profissional especializado para que te ajude! Existem algumas essências indicadas para esse período.

florais

Alguns exemplos são:

  • Agrimony – Para aqueles que se mantém alegre tentando esconder os problemas
  • Oak- Para aqueles que trabalharam excessivamente
  • Olive – Para os que estão com falta de energia vital, cansaço…
  • Wild Oak – Para os que se sentem inseguros em relação a qual caminho seguir na vida, insatisfeitos com o estilo de vida atual
  • White Chestnut – Para os que tem pensamentos indesejados e muitas preocupações
  • Sweet Chestnut – Para aqueles que se encontram em desespero profundo, buscando uma saída
  • Scleranthus – Para quem sofre de indecisões
  • Clematis – Para os sonhadores, que vivem no futuro e não concretizam os seus ideais
  • Impatiens – Para os que são impacientes e se irritam com facilidade

Aromaterapia

Os óleos essenciais são compostos químicos voláteis extraídos das plantas por um processo de destilação e compressão ou extração por solventes.

Eles tem ação na nossa mente e psique, pois ao serem inalados podem desencadear diversas sensações, emoções e lembranças. Essa é a via de ação da Psicoaromaterapia.

aromas

Temos como exemplo:

  • Aromas terrosos (Vetiver, Patchouli):  ajudam a aterrar aqueles que tem cabeça de vento, avoados, desligados etc.
  • Aromas amadeirados (Imbuia, Cedro, Copaíba): ajudam a retomar memórias passadas
  • Aromas Mentolados (Hortelã, Eucalipto, Canfora): ajudam na respiração e a clarear a mente
  • Aromas Cítricos e Frutáceos (Limão, Laranja, Camomila): auxiliam na ansiedade
  • Aromas Arbóreos (Abeto, Espruce, Tuia, Pinheiro, Junípero): Anti estressantes
  • Sálvia, Manjericão e Poejo: auxiliam no relaxamento

Dessa forma, se você preferir, pode misturar algumas dessas essências com um óleo carreador vegetal para utilizar em uma massagem ou até mesmo para passar nos pulsos.

Quer mais dicas para relaxar? Leia o artigo Cansaço, estresse e esgotamento: Saiba o que fazer para relaxar nesse final de ano  e aproveite!

Como fazer a retrospectiva do seu ano

Após todas essas dicas, escolhido o local e todo o ritual que irá adotar para a sua autorreflexão, vou propor algumas questões que podem ser interessantes para esse momento.

Como vimos, é preciso entrar em contato com as nossas emoções ou elas continuarão vindo de uma forma inconsciente.

Entender realmente qual foi a sua dor, o que te deixou infeliz, porque ficou infeliz no trabalho, casamento, amizades durante o ano é a parte mais importante da reflexão sobre si mesmo.

É preciso se perguntar o que está por trás do nosso comportamento!

Tem um frase do Carl Gustav Jung que diz: “Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chamá-lo de destino”.

retrospectiva

Para a reflexão, se pergunte:

  • Como foi o meu ano?
  • O que aconteceu de bom? O que houve de ruim? Quais foram os desafios? E as dificuldades?
  • Como lidei com cada uma dessas questões?
  • O que havia colocado na minha lista de objetivos? O que fiz? O que deixei de fazer? O que foi mais difícil de cumprir? Por quê?
  • Minha vida está boa? Por que está boa? Quais são as principais características que a tornam boa?
  • Tenho valorizado minha vida? Tenho exercitado a gratidão de maneira concreta? Como tenho cultivado esse sentimento? O que tenho feito para mantê-lo?
  • E o que tem me deixado chateado/irritado/para baixo? Por quê? O que posso fazer para mudar isso?
  • O que tenho deixado para depois? Por quê? Há algo que posso fazer para mudar isso?
  • O que quero estabelecer para o ano vindouro? Quais sentimentos quero manter? Quais quero mudar?

Consciente disso, que tal aproveitar essa pausa de final de ano para olhar para si mesmo, se compreender e, finalmente, começar a traçar suas metas e objetivos para o próximo ano?

 

 

Joana Carreirão

Joana Carreirão

Sou formada em Naturologia Aplicada pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) e Especialista em Neurociência e o Futuro Sustentado de Pessoas e Organizações, pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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